Padroeiros

São Mamede

Não se conhece a data exata nascimento de São Mamede, sabendo-se apenas que morreu no ano de 275 em Cesareia da Capadócia. Após o seu nascimento os seus pais foram assassinados, não tendo a oportunidade de conhecer o seu filho. Mamede sendo uma criança movida pela fé construiu um altar no deserto, onde pregava a palavra de Deus aos animais selvagens e onde fazia queijos com leite das fêmeas que depois dava aos pobres. Mamede, apesar de ser bom, sofreu injustamente, pelo que foi preso e lançado às feras que inexplicavelmente não lhe tocaram, de seguida escapou milagrosamente de um forno ao qual foi condenado e já não tendo tanta sorte Mamede foi estripado com um tridente.

São Mamede tem como atributos o tridente, um Leão, corças leiteiras e outros animais.

Para além de Padroeiro desta Freguesia, Mamede também é conhecido como o padroeiro dos bombeiros, (pois apagou um fogo com lágrimas), também é conhecido como o padroeiro dos queijeiros e dos fabricantes de lacticínios.

No interior da igreja para além da imagem do padroeiro também podemos encontrar quatro painéis de azulejo, de consideráveis dimensões, com diversas facetas da vida de São Mamede. São elas:

  • Nascimento do menino Mamede;

  • Mamede aos 18 anos no deserto da Capadócia;

  • Mamede perante o imperador Aureliano, recusando-se a negar o Cristo;

  • O martírio de  Mamede.

São Romão, bispo de Ruão

Bispo de Ruão durante o reinado de Clóvis, entre 626 e 638. Consta que terá destruído um templo de Vénus. Além disso, a lenda refere numerosos milagres. Quando se disponha a celebrar o batismo, advertiu que o recipiente com o santo óleo fora esquecido. Um clérigo correu a buscá‐lo, mas com a pressa, partiu a âmbula. O bispo pôs se em oração e de imediato aconteceu o milagre: os fragmentos de vidro voltaram a reconstruir o recipiente entre seus dedos, depois, apoiando o orifício da âmbula sobre o chão do batistério, o azeite derramado se introduziu nela até enchê‐la. Resistiu à tentação da concupiscência, como santo Antão, com o diabo, disfarçado de mulher, como ardil para confundir e vencer a sua virtude. Numa noite de inverno, estando em oração no seu quarto, uma mulher nua o chamou à porta. Primeiro, duvidou abrir, mas ao vê‐la a tiritar de frio, teve piedade. A mulher aqueceu‐se ao lume e, subitamente, soltou o cabelo. O santo estava em perigo de cair nas redes da diabólica sereia quando, no momento decisivo, se apresentou um anjo do Senhor que a pôs em fuga. O mais popular dos seus milagres foi a luta que teve com um dragão monstruoso chamado de Gárgola que devastava os arredores de Ruão. O rio Sena tinha transbordado e São Romão ordenou‐lhe que regressasse ao seu leito, mas do canal saiu um dragão terrífico. O bispo avançou com valentia ao seu encontro, acompanhado apenas por um condenado à morte, o único que aceitou segui‐lo. São Romão conseguiu atar o monstro e torná‐lo inofensivo, passando‐lhe a estola à volta do pescoço. Em comemoração deste acontecimento, o arcebispo e o capítulo da catedral de Ruão conservaram até à Revolução, o direito de indultar um criminoso condenado à morte pela festa da Ascensão. Era o que se chamava o Privilégio de São Romão (Saint Romain) ou da Fierte (orgulho ou soberba). Tal milagre é mencionado em 1394. Talvez, por isso, para justificar o direito de graça que todos os anos exercia o arcebispo de Ruão, em favor de um condenado.

Com efeito, não consta no ciclo detalhado da vida de São Romão, no embasamento da portada da Calenda, na catedral de Ruão. Só muito mais tarde quando são Romão se converteu em patrono dos condenados a morte.

Siga-nos